Ago 07
2011
Otoplastia pode ajudar na socialização da criança
Pequenos detalhes na aparência de uma criança podem render traumas psicológicos e até mesmo os temidos apelidos depreciativos por conta da “orelha de abano”. Essa deformação congênita, segundo o cirurgião plástico facial, doutor Mario Espósito, pode ser de caráter hereditário. Ele explica que com uma simples cirurgia, a otoplastia, é possível fazer a correção da orelha de abano que acomete cerca de 5 a 10% da população, igualmente em homens e mulheres.
De acordo com Mário, o ideal é realizar a otoplastia entre 5 e 6 anos, época em que as orelhas já estão formadas e com seu tamanho definido e ainda no momento em que a criança está ingressando no processo escolar.
“Quando a criança começa ir à escola, este é o momento em que pode desencadear constrangimentos devido à orelha de abano. Às vezes as crianças e mesmo adolescentes são alvos de agressões físicas e ainda conseqüências graves como o bullying no ambiente e nas ruas”, aponta o especialista.
O objetivo da cirurgia é remodelar corretamente a orelha deixando com a anatomia normal e mais próxima do crânio. Além de melhorar o aspecto estético, melhora também a auto-estima do paciente possibilitando um melhor convívio social.
O ato cirúrgico demora de uma até duas horas, dependendo do tipo de correção necessária. Pode ser feita sob anestesia local com sedação ou geral. Já o período de internação pode variar de 12 a 24 horas.
Ainda conforme o cirurgião plástico, a cirurgia para correção de orelhas de abano apresenta resultados bastante satisfatórios e já podem ser notados a partir da retirada dos curativos.
Durante o pós-operatório a cooperação da criança é muito importante para a recuperação, por isso é essencial seguir corretamente as orientações médicas. As crianças operadas, livres de serem incomodadas pelos colegas, enfrentam com facilidade o período escolar e apresentam melhor socialização. Entretanto, a otoplastia é o método mais eficaz para a correção da orelha de abano.